Um país, onde a instaurada hipocrisia pretende convencer os mais incautos de que essa tal "tradição cultural" a que se chama tourada, é tão inocente e humana que nem a morte do touro na arena se consente (salvo algumas excepções) e onde ainda se legisla ironicamente essa "arte"de torturar, através de um Regulamento dos Espectáculos Tauromáquicos (RET), ao qual se terão retirado posteriormente algumas páginas para substituírem o papel higiénico em algumas repartições públicas e até ministérios, cujas insuficientes verbas se canalizam para a sedenta e decrépita indústria tauromáquica em detrimento da higiene íntima dos seus funcionários, não se poderá decerto considerar civilizado...
Na verdade, a higiene ética e mental de quem tem o dever de vigiar e autorizar estes eventos, não deve ser grande coisa, pois não enxergam bem quando faltam os licenciamentos, as entradas abusivas de crianças de colo, conforme as fotos, vídeos e comentários que circulam na Internet, bem como a falta de condições referidas no citado regulamento, sobretudo em algumas praças amovíveis, com os animais sedentos contidos durante longas horas em camiões ou contentores debaixo das altas temperaturas de Verão e depois de feridos e em sofrimento, aguardando penosamente durante a longa espera pelo matadouro que em muitos casos encerra aos domingos, ou funciona a meio gás e onde muitas vezes acabam por chegar moribundos ou mortos...
Ora como não há muito tempo, em resposta a mais um dos meus alertas, a DGAV me solicitou candidamente detalhes sobre o que escrevi, "para serem averiguados", aqui vai o que solicitaram e que ilustra na perfeição a incúria e o compadrio que se verificam nas actuações tanto da Direcção Geral de Veterinária como da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) que se dobram perante os interesses instalados dos lobbies tauromáquicos que apesar de estarem já em avançada decomposição, ainda são protegidos pela tutela e abençoados pela Igreja.
Há quem ache que o que se passa fora das arenas fica apenas por lá e não chega ao conhecimento publico, mas nem sempre isso acontece e o que se viu este ano, sobre o que sucedeu em Vila Franca de Xira e não só, ultrapassa todos os limites da decência, se é que ela alguma vez existe em tudo o que envolve a tauromaquia.
Será que o veterinário de serviço presenciou a atrocidade, ou veio só depois declarar o óbito por causas naturais com medo de represálias?
É que pelos vistos, tanto em Vila Franca de Xira, como em outras paragens, as "cegueiras" são de tal forma frequentes que tapam até a justiça, pois na tourada de 5 de Outubro deste ano, o veterinário também não viu que um dos touros era cego de um olho e mandou-o para a arena, onde a sua fraca performance mereceu um "castigo" bem mais severo do que o do doutor miúpe, cuja simples presença bastou, para que os nossos impostos lhe financiassem o jantar.
Infelizmente, quem pagou as favas foi o touro, com dois pares de bandarilhas negras no lombo, com quase o dobro do tamanho do arpão das outras, porque apenas teve a pouca sorte de ser cego e não divertir convenientemente os algozes da assistência.
Perante isto e porque está escrito que este tipo de artefacto de tortura, é proibido em Portugal, o que fazia lá a fiscalização do Igac e o tal "competente" veterinário?
Será que também não viram, tiveram medo de se manifestar, ou já estavam também com a vista turva?
Na verdade, a higiene ética e mental de quem tem o dever de vigiar e autorizar estes eventos, não deve ser grande coisa, pois não enxergam bem quando faltam os licenciamentos, as entradas abusivas de crianças de colo, conforme as fotos, vídeos e comentários que circulam na Internet, bem como a falta de condições referidas no citado regulamento, sobretudo em algumas praças amovíveis, com os animais sedentos contidos durante longas horas em camiões ou contentores debaixo das altas temperaturas de Verão e depois de feridos e em sofrimento, aguardando penosamente durante a longa espera pelo matadouro que em muitos casos encerra aos domingos, ou funciona a meio gás e onde muitas vezes acabam por chegar moribundos ou mortos...
Ora como não há muito tempo, em resposta a mais um dos meus alertas, a DGAV me solicitou candidamente detalhes sobre o que escrevi, "para serem averiguados", aqui vai o que solicitaram e que ilustra na perfeição a incúria e o compadrio que se verificam nas actuações tanto da Direcção Geral de Veterinária como da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) que se dobram perante os interesses instalados dos lobbies tauromáquicos que apesar de estarem já em avançada decomposição, ainda são protegidos pela tutela e abençoados pela Igreja.
Há quem ache que o que se passa fora das arenas fica apenas por lá e não chega ao conhecimento publico, mas nem sempre isso acontece e o que se viu este ano, sobre o que sucedeu em Vila Franca de Xira e não só, ultrapassa todos os limites da decência, se é que ela alguma vez existe em tudo o que envolve a tauromaquia.
Em Vila Franca de Xira, os festejos são de violência e pancadaria, mostrando ao mundo a insanidade das suas gentes alcoolizadas e a conivência das autoridades na infame e indigna tortura de touros e cavalos!
Antes do início de um espectáculo, um touro foi estrangulado nos curros com cordas!
Parece que o animal era "sobrero", expressão que até à data eu desconhecia, mas que me foi depois explicada como sendo própria de um touro suplente que pelo facto de ser menos jovem, poderia ser mais imprevisível ou até mais bravo, o que terá talvez assustado algum "artista" menos afoito que se sentiu bem mais tranquilo com a sua morte atrás das tábuas do que no matadouro, não fosse o diabo tecê-las e o bicho sair-lhe na rifa... Será que o veterinário de serviço presenciou a atrocidade, ou veio só depois declarar o óbito por causas naturais com medo de represálias?
É que pelos vistos, tanto em Vila Franca de Xira, como em outras paragens, as "cegueiras" são de tal forma frequentes que tapam até a justiça, pois na tourada de 5 de Outubro deste ano, o veterinário também não viu que um dos touros era cego de um olho e mandou-o para a arena, onde a sua fraca performance mereceu um "castigo" bem mais severo do que o do doutor miúpe, cuja simples presença bastou, para que os nossos impostos lhe financiassem o jantar.
Infelizmente, quem pagou as favas foi o touro, com dois pares de bandarilhas negras no lombo, com quase o dobro do tamanho do arpão das outras, porque apenas teve a pouca sorte de ser cego e não divertir convenientemente os algozes da assistência.
Perante isto e porque está escrito que este tipo de artefacto de tortura, é proibido em Portugal, o que fazia lá a fiscalização do Igac e o tal "competente" veterinário?
Será que também não viram, tiveram medo de se manifestar, ou já estavam também com a vista turva?
Não sabia desse caso de V.F.X. Isso apenas mostra 3 coisas:
ResponderEliminar1º A violência e a insensibilidade destas gentes ligadas ás touradas que, num país onde o 1º ministro e o presidente da República são apoiantes, por meia dúzia de tostões sacrificam um ser vivo tendo a lei do lado deles!!
2º A cobardia de quem lida, que se lhe cheira a um touro mais bravo, esquece imediatamente a frase "É um combate de igual para igual" que os taurófilos apregoam para justificar as suas assassinas acções !!
3º A inoperância e incompetência das instâncias fiscalizadoras que, mormente, se esquecem de quem lhes paga o ordenado e viram a cara ás infracções que se passam mesmo debaixo dos seus olhos.
Lembremo-nos que TANTO É ASSASSINO AQUELE QUE FAZ COMO AQUELE QUE DEIXA FAZER...!!