quarta-feira, 2 de maio de 2018

TRANSPORTE POR VIA MARÍTIMA-ANIMAIS VIVOS




   Perante a sordidez que se tem verificado no transporte de animais vivos por via marítima para o Médio Oriente, só me resta pensar que ao contrário do que se pretende fazer querer, a alegada Democracia é hoje apenas mais uma ditadura "Econocrática".


   Tudo se faz por dinheiro, pisando a ética e o respeito, escondendo vergonhosamente as atrocidades cometidas uma a uma, para que o povo continue ignorante e satisfeito com as migalhas que uma certa "geringonça" lhes vai atirando desenvergonhadamente, como se fossemos aves famintas depenicando no chão.


   Vivi na ditadura e confiei que uma revolução só de cravos, nos iria alterar comportamentos e posturas, mas a minha juventude passou entre realidades falseadas e à sombra de políticos corruptos que se vendem a qualquer preço, porque sabem que continuarão impunes, apesar de nos quererem convencer do contrário.


   Os anos mostraram-me apenas que as correntes de outrora, continuam apertadas nos nossos tornozelos de escravos, embora menos curtas e forradas de cetim dourado, para que o povo as não sinta tão evidentes como antes!
   Levantam-se vozes contra as práticas mais ignóbeis e levantam-se as consciências mais alertadas e sensíveis, contra espectáculos de sangue nas arenas portuguesas, comandadas como antigamente, por "caridosos"abutres do catolicismo com toda a casta de "Melícias" endinheirados que o Estado hipocritamente sustenta com subsídios e isenções, enquanto os contribuintes definham perante o peso dos impostos que são obrigados a pagar e também enquanto a outros se perdoam dívidas de milhões. 


   Nomeiam-se doutores da treta, ministros entre os amigos e secretários de Estado obedientes, porque o povo é tão manso e bem treinado que vota sempre nesses representantes dos seus próprios bolsos que seguem a cartilha dos instalados devassos que lhes dão o mote, mas sobretudo o "tacho"...
  
    Como tantas outras coisas que podemos observar, também o Ambiente da nossa terra, violada incessantemente pelos des- governos de décadas, tem sido prática corrente, com a impunidade de quem se lambuza com os incêndios, a poluição dos nossos rios, as mentiras, a prospecção de petróleo e todo o propositado descaramento  e laxismo que constatamos a cada passo. 

    O transporte de animais vivos para o Médio Oriente, é mais uma prova da venda do nosso país à vergonha e essa consciência das imoralidades é tal que já se escondem com lonas os acessos dos animais empurrados para dentro dos barcos, para que as sevícias de que são alvo, reconhecidas até pelos estivadores de Setúbal, não possam ser filmadas pelos activistas que no exterior se insurgem . 
    Perante tamanha publicidade, surge finalmente o magnânimo convite dos senhores da DGAV para a visita guiada de uma Comissão Parlamentar a novo carregamento de animais no referido porto, sem contudo terem deixado antes de avisar primeiro os negociadores e transportadores, para que a manobra de maquilhagem saia perfeita. 
      
    O transporte de milhares de animais amontoados, feridos, sequiosos e famintos, sujeitos às condições mais degradantes que se podem imaginar, para que sejam depois abatidos da forma mais cruel e desumana, não pode ser vista nem divulgada, porque se pretende secreta e própria de interesses mafiosos, já que nem aos únicos dois partidos políticos que contestam tais "negócios", se permitiu a entrada nesses barcos de horror, sem que antes se preparasse o cenário, como agora se fará.
    Acreditar na seriedade da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária é cantiga de embalar, porque têm sido tantos os tropeções que nem os cegos convencem...  
      


    Noutros tempos, não tão distantes, também se escondiam as agressões da Pide, as prisões arbitrárias, as torturas e até os que desapareciam, sabe-se lá como e para onde... 
   Mudaram os tempos, douraram-se e requintaram-se as práticas, porque o dinheiro compra os sentimentos de quem cala e consente, enquanto aqueles que protestam e não se vendem são ignorados, porque mesmo que se destaquem, não deixam de estar integrados na mansidão e no comodismo de sociedades que embora mais letradas que antes, continuam a ser presas fáceis da ignorância da  subserviência genética, do medo, ou ainda desse velho complexo de inferioridade que dá a força e o poder a quem os descaradamente vai traindo. 


   O meu percurso terreno já não será longo. Os anos voaram e as forças já não são as mesmas dos tempos de luta em que ingenuamente acreditei na ilusão dos cravos, mas resta-me um último recurso que se chama "escrita" e por ela, guardei as tintas, as telas e os pincéis, porque enquanto estiver por cá, jamais permitirei que me calem a revolta e se porventura o que escrevo, tiver o condão de mudar alguma consciência adormecida empurrando-a para o discernimento e a luta, já valeu a pena...          

    
        
        
     

domingo, 29 de abril de 2018

PROFESSOR?

    Nem  sempre ser-se professor é sinal de sabedoria!




   A prática docente exige mais do que a repetição do vómito anual compulsivo de conteúdos decorados durante o percurso escolar e as classificações académicas, mais ou menos altas que transformam um "papagaio repetitivo" em sumidade pensante e intelectual.

   Ser professor, é actualizar constantemente os conhecimentos, não só os da área a que se pertence, como também acompanhar os tempos, para que os conteúdos ministrados nas aulas não sejam apenas os estáticos capítulos de sebentas decoradas à força de memória, mas sobretudo dar aos estudantes o poder  do raciocínio e da interpretação, desenvolvendo-se harmoniosamente de acordo com o progresso e os conhecimentos científicos mais modernos. 

   As Universidades têm o dever de desenvolver cérebros e não de os tornar estanques, manobrando-os segundo os interesses pessoais retrógrados dos seus docentes, com retóricas bafientas e obsoletas, perante os tempos que correm.      

    Quando um professor quebra as regras, arvorando-se em defensor de ideologias medievais, fazendo declarações ridículas em público e contestando uma legislação aprovada na Assembleia da República, baseada em investigações científicas de renome, numa Faculdade que irá formar futuros juristas, está em causa a sua competência de formador, o futuro da nossa já frágil Justiça e as competências dos seus educandos para a exercerem.

  



                                            

     Filipe Albuquerque Matos-Professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra é a cara da ignorância e falta de ética, quando num forum sobre " a lei que criminaliza os maus tratos a animais", a considera um "retrocesso civilizacional", porque para esta "sumidade", os animais são apenas coisas sem sensibilidade nem senciencia...

     Ora como a inteligência não deve existir em quem assim fala e cujos traços faciais são o sinónimo visível de tal atraso, faz-me uma certa espécie porque terá ainda este ser abjecto, medo de Caninhes e dar o exemplo de "que se visse algum em dificuldades na estrada, se recusaria a ajudá-lo"...  

    Será que este ser tem filhos?  Se os tem, melhor seria que a Comissão de Menores estivesse atenta, já que a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra parece não estar, porque inclui no seu questionável quadro docente, mais uma ignorante que segue à letra o que leu algures, sobre a extinção do touro bravo, caso acabassem as touradas. 



  O que aconteceria então à Faculdade de Direito de Coimbra se se extinguissem "sábios" como a professora Mafalda Barbosa e o boçal  Sr."Dr" Caniche?


    Será possível que a alegria dos sádicos que assistem à tortura de um bovino vale o seu sofrimento, ou precisamos de mais psiquiatras para acabar com os traumas de certos dejectos humanos que conspurcam a nossa sociedade e o mundo?

    Que tipo de educação é dada aos nossos jovens, cada vez menos apoiados e mais votados ao abandono pelo nosso alegado Estado sem Direito?

        Há contudo, uma nova geração que emerge a pulso do obscurantismo, mas que é constantemente agredida nos seus mais puros valores e dignidade. São esses que merecem o nosso respeito, apoio incondicional e um  BEM  HAJAM  gigante!


 

      BEM  HAJAM  !