COMPADRIO, CORRUPÇÃO OU LEIS DE ENCHER CHOURIÇOS?
Em Portugal, só o Zé Povinho é obrigado a cumprir tudo e calar a boca!
Em Portugal, quando se denunciam os atropelos de uma entidade pública, nunca se obtém resposta, ou quando a temos, vem do manga de alpaca com um texto que nada diz!
Em Portugal, as elites são protegidas, subsidiadas e paparicadas!
Em Portugal, mataram a democracia, fizeram-lhe o enterro num ermo à socapa e o povo é tão manso que não reparou ainda que ela foi assassinada. Mas vamos lá ao que interessa, porque o tempo urge e não estamos mais para o perder...
Vamos falar de cultura?
É melhor não, porque isso desenvolve os cérebros, torna as consciências despertas, activa as ideias e isso só convém, quando o povo tem quem o ouça e respeite, o que não é o caso...
Vamos falar das leis escondidas nas gavetas desarrumadas da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC), como por exemplo o RET (Regulamento dos Espectáculos Tauromáquicos) que por sinal, raramente é lido e menos ainda cumprido, porque ao contrário de qualquer actividade artística, propriamente dita que é "vasculhada" e espremida até ao tutano, quando se trata de touros e bêbados, há carta branca para avançar, mesmo que o fiscal esteja de férias, como aconteceu recentemente em Riachos (Torres Novas) onde as inspecções nunca foram necessárias e até "desconhecidas", ou em outras terriolas que poderei mencionar este ano e nos que já passaram.
Em Viana do Castelo, contra a Autarquia, contra a vontade do povo e à queima roupa, parece que este ano vai haver tourada!
Em Viana do Castelo, contra a Autarquia, contra a vontade do povo e à queima roupa, parece que este ano vai haver tourada!
Não será a 1ª vez que o IGAC fechará os olhos, se é que alguma vez os abre, quando toca aos touros!
Não será também que uma estrutura sem condições, um matadouro distante e uns animais em sofrimento mais tempo do que o permitido, não merecem a atenção de tão doutas criaturas?
De facto, falar nos animais, nem vale a pena, porque ao fim e ao cabo, os touros são apenas a carne e o sangue que escorre das feridas que divertiram alguns e perante tamanho gozo, o resto fica só no papel e quem sabe se também nuns trocos e mordomias que alguém ganha para esquecer a lei e dormir de consciência tranquila, porque a incúria lhe assegura o sustento.