quarta-feira, 3 de maio de 2017
segunda-feira, 1 de maio de 2017
CARTA AO MINISTRO DA AGRICULTURA
Exmo Sr. Ministro da Agricultura:
É com profunda preocupação que constato alguns défices de comunicação, no Ministério a que V. Exª preside!
Como cidadã atenta ao que se passa no meu país, concordando umas vezes e discordando muitas outras, é minha obrigação alertar os meus governantes daquilo que por vezes a minha condição plebeia, me vai permitindo.
Ora como de agricultura só tenho meia dúzia de nabiças no quintal para consumo próprio que os meus cães pisaram e por isso, não as declarei no meu IRS, não sei se alguém do ministério que V. Exª dirige, não andará por aí a apostar à socapa nas corridas de galgos que são publicitadas descaradamente pelas Câmaras e Juntas de Freguesia do nosso país, bem como das inúmeras associações de "galgueiros" que muito devem esconder e que possivelmente funcionam até à margem da lei, através de subterfúgios e do nosso já vulgar compadrio.
Digo "possivelmente", porque pelo que constatei, o Ministério da Agricultura declarou algures que não tinha conhecimento de tais eventos, o que me espanta, porque na inauguração de algumas feiras agrícolas onde altos representantes do Ministério da Agricultura estiveram, esses eventos eram publicitados no respectivo programa e também porque algumas pistas de corrida, pelo país fora, foram mesmo construídas com dinheiros públicos, com o óbvio conhecimento do Tribunal de Contas, enquanto há ainda escolas com amianto e outras a precisarem de obras, por falta de verbas.
Como a nova lei que entrou em vigor a 1 de Maio, sobre a "senciência" dos animais, é sobretudo vocacionada para os de companhia (cães e gatos), venho perguntar a V. Exª se os cães envolvidos nestas práticas não merecem o mesmo tratamento dos que andam na rua à trela e se os violentos treinos a que são sujeitos, não serão dignos de atenção.
Venho ainda confessar a V. Exª que prefiro ler a revista Visão, do que a "Caras" ou a "Maria", assim como procuro informar-me por outras vias, o que faz de mim uma pessoa a par do que por aí se fala e ignorante quanto aos mexericos das chamadas "figuras públicas".
E por aqui me fico, já que a escrita é para mim como o alimento que me sustenta e se um dos livros que escrevi esgotou, o próximo, onde falo também, além de outras coisas, destas permissivas corridas, onde altos cargos do ministério que V. Exª tutela intervêm, venderá em breve muito mais, porque os portugueses já não estão mais como aqueles cães que ladram muito, mas não mordem...
Atenciosamente,
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