SEM FUGIR À ROTINA
Sou portuguesa, neste canto da Europa, outrora dono de si próprio, aguerrido, conquistador dos mares e dos seus valores que acabou vencido, subjugado, envelhecido e moribundo.
Venceu-se a rotina de 40 anos de opressão!
Venceu-se o medo, a subserviência e a falta de amor próprio!
Ganharam os domadores bem falantes e enganosos!
Albardou-se a democracia e hoje aplaudem-se promessas ocas!
Somos portugueses mansos e felizes rotineiros!
E enquanto houver futebol, vinho, fado e touros, o povo não precisa de cultura nem de alimento, porque vive embriagado pelas suas já batidas "tradições" e interiorizada submissão.
Eleições?
Para quê, se grande parte fica em casa, ganham sempre os mesmos e é perigoso arriscar?
E quem achar o contrário, decerto não se lembra, ou não é de cá!
Quem não está bem que se mude, porque aqui não há espaço para aventuras ...
E não é que se mudaram mesmo os obedientes?
Obedeceram sim, não por serem obedientes, mas porque a rotina e o marasmo os deixou sem pátria nem futuro!
Partiram e muitos não voltarão, porque aqui ficam só os velhos, os conformados e os ignorantes, mais aqueles que lucram com o conformismo alheio e assim vamos, "cantando e rindo", porque temos sol e não faltam turistas para as burricadas...
A Europa é quem manda, porque aqui, o terreno é fértil...
Mas embora os burros, propriamente ditos, sejam mais espertos do que quem os explora, não podem votar, tal como ninguém quer saber do seu zurrar, porque nasceram para servir e as suas vozes, leva-as o vento...
E assim foram murchando os cravos vermelhos, murchou o povo e murcharam as consciências que perderam a força, deixando de pensar e menos ainda de agir...
Venceu-se o medo, a subserviência e a falta de amor próprio!
Ganharam os domadores bem falantes e enganosos!
Albardou-se a democracia e hoje aplaudem-se promessas ocas!
Somos portugueses mansos e felizes rotineiros!
E enquanto houver futebol, vinho, fado e touros, o povo não precisa de cultura nem de alimento, porque vive embriagado pelas suas já batidas "tradições" e interiorizada submissão.
Eleições?
Para quê, se grande parte fica em casa, ganham sempre os mesmos e é perigoso arriscar?
E quem achar o contrário, decerto não se lembra, ou não é de cá!
Quem não está bem que se mude, porque aqui não há espaço para aventuras ...
E não é que se mudaram mesmo os obedientes?
Obedeceram sim, não por serem obedientes, mas porque a rotina e o marasmo os deixou sem pátria nem futuro!
Partiram e muitos não voltarão, porque aqui ficam só os velhos, os conformados e os ignorantes, mais aqueles que lucram com o conformismo alheio e assim vamos, "cantando e rindo", porque temos sol e não faltam turistas para as burricadas...
A Europa é quem manda, porque aqui, o terreno é fértil...
Mas embora os burros, propriamente ditos, sejam mais espertos do que quem os explora, não podem votar, tal como ninguém quer saber do seu zurrar, porque nasceram para servir e as suas vozes, leva-as o vento...
E assim foram murchando os cravos vermelhos, murchou o povo e murcharam as consciências que perderam a força, deixando de pensar e menos ainda de agir...