quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

MANIPULAÇÃO ENGENHOSA


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  Perante o abate massivo de pombos na via pública através de um "chamariz" e lançamento de comida, ao que se segue o lançamento de uma rede sobre as aves que comem e um spray de gás venenoso que as deixa em sofrimento, para que depois sejam recolhidas e amontoadas moribundas para destruição, levantaram-se várias vozes contra esta prática cruel e desumana.

   As petições públicas, são sempre a tentativa de solução para a revolta de quem se sente violentado por qualquer acontecimento e descuidadamente, sem muitas vezes se prestar a devida atenção, assinam-se e só depois nos apercebemos de que entrámos num logro sem possibilidade de retrocesso.
  Aconteceu-me isso, quando revoltada com a crueldade da Câmara Municipal de Lisboa, me precipitei, assinando uma petição que entre muitas opiniões, sugeria o seguinte:

 

  1. "Reforçar as campanhas de sensibilização especialmente quanto à proibição de alimentos a pombos na via pública (que faz aumentar a população destas aves).
  2. Reforçar as coimas e a eficácia da fiscalização contra a alimentação de pombos na via pública."

    Quem acha bem que se ande pelas ruas das nossas cidades, de fiscais a tiracolo, como cães farejadores prontos a filar o primeiro incauto, decerto não sabe o que diz, ou está está hipocritamente feito com este sistema caduco e desonesto em que vivemos.  

     Por outro lado, quem assim fala e acha que multar a torto e a direito é uma boa prática de cidadania, porque decerto não deve ter vivido no nosso antigo regime ditatorial, em que até para se ter um isqueiro era obrigatório pagar licença, ao mesmo tempo que "grupos de duas pessoas" em certas ocasiões, eram dispersados e os participantes identificados de imediato pela polícia.


    Num país de miséria, em que uma amiga minha muito idosa que mal sai de casa por ter graves problemas de mobilidade, foi chamada 3 vezes a tribunal pelo crime de alimentar pássaros na sua varanda e condenada a entregar a sua curta pensão de sobrevivência para pagar multas, quem sugere o reforço de coimas, não é mais que um criminoso à solta, feito com o injusto sistema em que vivemos, ou se assim não for, talvez tenha pousado por cá, vindo de outro planeta e não sabe sequer o que diz, nem o que defende.
    Decerto também desconhece que as aves, com ou sem fome, se reproduzirão na mesma, embora a diminuição, ou anormalidades das suas crias, se deva à fraqueza das mães, o que é crueldade ainda maior...
   A histeria geral sobre as doenças transmitidas por estas aves, não é mais que o estúpido e egoísta argumento de quem se acha dono do pedaço e dos frustrados desta espécie humana de decadentes valores que ainda se acham superiores, por terem o ignóbil poder de exterminar tudo o que os incomoda .

    Os vírus apanham-se por todas as bandas, desde os transportes públicos, às escolas, porque eles são os oportunistas da poluição, da contaminação do ar, dos alimentos e dos solos. O nosso organismo é dotado de defesas que hoje em dia estão enfraquecidas pelos reflexos ambientais contaminados, pelo excesso de medicamentos e antibióticos, pelos venenos que se usam nos solos etc, etc, mas em vez de se culparem os verdadeiros responsáveis, culpam-se as aves, porque sai mais barato, é mais fácil e não é preciso ofender, nem perder as benesses recebidas dos verdadeiros responsáveis.  

     Ora se ter aves famintas a alimentarem-se daquilo que encontram e que lhes não é adequado, é ser um bom cidadão, macacos me mordam, porque eu não quero ser isso!  

   Fiscalizem-se os carteiristas, os corruptos da nossa praça e tantos outros parasitas que por cá vegetam, mas não roubem a liberdade às pessoas de bem que são todos os dias enganadas e extorquidas sem se ouvirem os seus protestos...


   Fiscalizem-se antes as multinacionais, quem as defende e por elas é apoiado, como a Ordem e a Associação dos Nutricionistas, financiadas pela Coca Cola, MacDonald´s e farmacêuticas, mas não nos imponham mais regras nem coimas, porque tudo isso só serve para engordar parasitas e enganar os trouxas.



                                                       


    O nosso povo, vergou-se, perdeu a voz, a vontade e a consciência.                             Envelheceu prematuramente, tornou-se depressivo, hipocondríaco e desgraçado, o que favorece muitos indivíduos que se escondem em bondades e hipócritos altruísmos que pelas suas "doces palavras", convencem os menos atentos e informados.

   Não quero, não devo, nem posso integrar manadas de distraídos, omissos e "Velhos do Restelo", ao mesmo tempo que não admito que se encurralem os pombos vivos das armadilhas da Câmara, no reptilário do zoo de Lisboa, porque nem os répteis merecem ser prisioneiros, nem as aves o triste fim de lhes servirem de alimento, sem se poderem defender, pois até as penas das asas lhes cortam. 
   
   A evolução de um povo, começa pela sua contestação, pela sua capacidade de raciocínio, informação e pela habilidade de saber separar o trigo do joio, mas sobretudo pela sua força consciente de dizer NÃO!
 
 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

CML

   Exmo  Sr. Presidente da Câmara  

               Municipal  de Lisboa 


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    Foi com espanto e desprazer que recebi hoje de manhã, ao acordar, um vídeo onde se viam uns "gorilas" de coletes reflectores a lançando uma rede sobre um bando de aves a quem antes, tinham colocado comida. 

    À priori, achei que o que via não se passava no  meu país, mas enganei-me!
    Alguém reclamava a caça a estas aves e afirmava que elas eram o símbolo da nossa cidade, mas foi imediatamente "excomungada" grosseiramente pelos vossos  "gorilas"do colete verde, o que me pareceu uma forma pouco própria de tratar alguém que paga os seus impostos, sustenta a Câmara que lhes paga e por isso, merece respeito.

      Tanto eu, como o Sr Presidente vivemos neste século XXI, em que os direitos dos Animais se tornaram causa importante em países civilizados e como tal, decerto não saberá o que se passa nas suas costas, pois duvido que qualquer autarca responsável e informado, especialmente em pré-campanha eleitoral, ache isto um bonito espectáculo para os turistas que nos visitam, mas se num momento de lazer se debruçar sobre as redes sociais em outras línguas, sobretudo a inglesa, perceberá que nos consideram um povo "selvagem", sem valores nem compaixão, pela forma como os animais são mal tratados no nosso país, explorados e esquecidos.

      A marca de um país e neste caso de uma cidade, é o seu passado, com pombos nas praças e crianças brincando, mas pelos vistos, até isso nos querem tirar.
     Se o excesso de aves prejudica, há formas até mais baratas de controlar a sua reprodução, mas se essas empresas de extermínio que agora parece que também alargaram as suas matanças às gaivotas, precisam de prosperar, ou fazer mais alguém ganhar com isso, é bom que o senhor mande fazer uma criteriosa investigação, porque este espectáculo não dignifica de todo a nossa capital e muito menos a sua Câmara Municipal.

Este é  o triste e degradante espectáculo que se vê por Lisboa, mas que possivelmente o Sr Presidente não teve ainda a oportunidade de assistir nem de reparar nos rostos das pessoas que assistem a isto, muitas delas estrangeiras que viram as costas revoltadas e tecendo desagradáveis comentários. 


   Pela nossa imagem mundo fora, pela nossa Lisboa e pelo atroz sofrimento destes animais, suplico-lhe que mande acabar com isto e incremente alternativas mais humanas para o controlo numérico destes animais!




Atenciosamente,

Teresa Botelho       

sábado, 3 de dezembro de 2016

A INSÓLITA CORTESIA



Falemos de gente importante!
Falemos de homenagens, subserviência e idolatria.        
Falemos de líderes políticos, religiosos, Reis e Rainhas.



                                        Resultado de imagem para liberdade de expressão tumblr

    Nos tempos que correm, parece haver ainda uma confusão generalizada e um raciocínio amordaçado que nos remete para um limbo de servilismo e de complexos de inferioridade inculcados  e profundamente incoerentes com os tempos que correm.

   Sempre existiu a tendência para a idolatria e sempre existiram os que dela se servem para marcar pontos na vida, usando o mimetismo e o "embasbacamento" como vantagem para os seus mais íntimos interesses. 

   Qualquer "figura pública", ou melhor, qualquer pessoa que se destaque no seio de uma comunidade pelas suas habilidades em qualquer área, deve ser elogiada, mas jamais idolatrada.



    O "beija mão" causa-me náuseas, remete-me à recôndita Idade Média e vejo tal execrável comportamento, como uma das maiores indecências pornográficas da espécie humana, em censurável exclusividade!



    Os capachos "politiqueiros"que rastejam na sombra dos figurões da moda, chafurdam no chiqueiro que bajulam, afundando-se na sua fidelidade "canina" em vielas dos mais obscuros interesses e favores de conveniência.
    Todos os meus ídolos tiveram pés de barro e desmoronaram-se no tempo, porque só o avançar dos anos, nos dá a capacidade selectiva e o saber, para os derrubar.
    Posso adorar uma música, um livro, ou uma obra de arte, mas o seu autor não será nunca por mim idolatrado, porque desconheço a profundidade do seu íntimo, das sua ideias, dos seus gostos recônditos e até das tendências, mais ou menos altruístas, ou confessaveis.
   Perante tudo isto, pergunto a mim mesma, ou a quem me conheça pela rama, porque nem eu me conheço a mim, se alguma vez me veriam curvar perante um rei, ou uma rainha de capa de revista cor de rosa.
    Baixar-me-ei sim, perante o sem abrigo, a quem a vida atraiçoou, ou perante o rafeiro que passa fome e dorme ao frio.
    Baixar-me-ei, perante o refugiado morto que arriscou a vida fugindo de guerras encomendadas e úteis a quem nunca correu riscos e baixar-me-ei sempre a quem luta pela sobrevivência, pela paz e pela racionalidade de uma "Espécie Superior" totalmente irracional, mas sem nunca atraiçoar os meus sentimentos, as minhas convicções e aquilo em que acredito.
    Jamais me calarei por "educação" ou deferência e aplaudo de pé a coragem de quem expõe descaradamente a sua irreverência, sem olhar a inconveniências, ou "faz de conta".
    Aplaudir e levantar-se perante monarcas nascidos entre rendas e folhos, programados desde o ventre materno para serem geniais, nunca será a minha praia, porque a quem nunca fez nada pela vida e a sanguessugas, prefiro virar a cara e achar que deveriam ser eles a ajoelhar-se perante os súbditos e o mundo que os sustenta, mas principalmente e neste caso, ao referir-me, mais concretamente, aos reis de Espanha que visitaram recentemente Portugal , sentir-me-ia profundamente honrada em mostrar-lhes o meu desprezo, beijando na sua frente os corpos moribundos dos touros que gostaram de ver sangrar e cujo sofrimento serviu de bálsamo aos seus baixos instintos e reais frustrações.

    Quem se lembra das caçadas africanas de seu régio pai, das amantes e dos rombos financeiros que uns quaisquer reizinhos bem nascidos em países de gente embasbacada e tradicionalista, ainda tementes ao espectro da ditadura Franquista, decerto pensaria o mesmo que eu, porque qualquer Democracia que se preze, não tolera farsantes iluminados desde o berço, nem profissionais da parasitagem, mas sim de quem se fez a pulso e age como disse o poeta Paul Éluard, no seu poderoso poema "Liberdade" que prefiro ler em francês, mas cuja tradução é mais acessível a todos e do qual transcrevo abaixo um excerto, pois a liberdade de expressão, tão tristemente desvirtuada nos tempos que correm, deveria ser intocável e por todos defendida, para que nunca se rendesse perante a subserviência estabelecida por qualquer protocolo não merecido, ou mesmo injusto e que pode ser quebrado num ápice democrático-pedagogico!



                     " ... Nos refúgios destruídos,

                            nos meus faróis arruinados, 

                            nas paredes do meu tédio  

                             escrevo o teu nome



                            Na ausência sem desejos,

                            na desnuda solidão, 

                nos degraus mesmo da morte,

                             escrevo o teu nome  

                                                                                                 
                             Na saúde rediviva  

                             aos riscos desaparecidos 

                      no esperar sem saudade, 

                              escrevo o teu nome 

 


                              Por poder de uma palavra, 

                              recomeço a minha vida  

                              nasci para conhecer-te 

                              nomear-te  

                
                                   Liberdade"             



quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O RETROCESSO DE UM PAÍS


 


   Como se previa, as VAQUEJADAS passaram a ser legais no Brasil!


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   Passou a ser legal a barbaridade, a tortura e até a corrupção que nunca precisou sequer de ser legalizada, porque existe nas altas esferas e alimenta-se de políticos vendidos e comprados a preço de saldo. 
   Torturar bovinos é agora o património cultural de um país de rastos.
   Desrespeitar o Supremo Tribunal Federal, passou de Comédia Cómico-política a Drama, alicerçado pela imoralidade que fervilha nos bastidores de um Poder falido e manipulado por deputados e senadores desprovidos de valores éticos e de sentido de Estado, acompanhados por um Presidente fantoche que se curva aos seus apoiantes, como moeda de troca de favores, apoios e mordomias.
    
  A vaquejada no Brasil é o símbolo dos coronéis do gado e dos escravos no tronco, tal como a tourada em Portugal, nos remete à monarquia, à ditadura e à desenfreada e impune exploração que convive paredes meias com a ignorância e a incultura.

   Os animais e as mulheres, são sempre os elos mais fracos para qualquer "macho latino" de miseráveis valores cívicos, culturais e morais. 
    Os primeiros, não têm voz, nem direito a manifestarem as suas dores, mas no que toca às mulheres, algumas conseguiram afirmar-se através de lutas e reivindicações, enquanto outras, as mais vulneráveis, continuarão a ser "vaquejadas", porque nem todas as leis merecem a pena cumprir.
     

    TEREMOS  ASSIM  MAIS  UM  PAÍS  SEM  NORTE  NEM SUL  E  TEREMOS  AINDA  UM  PAÍS  DESACREDITADO NO  MUNDO,  PORQUE  ALTERA  A  CONSTITUIÇÃO, COM  O  INTUITO  DE  SATISFAZER  SÁDICOS  E PSICOPATAS QUE SE MASTURBAM COM O  SANGUE  E O  SOFRIMENTO DE ANIMAIS INOCENTES, ENQUANTO O ÁLCOOL LHES TURVA A LUCIDEZ  E O RESQUÍCIO DE  INTELIGÊNCIA  QUE  AINDA  LHES  RESTA! 


       

     

    
     

CARTA A UM PRESIDENTE

Exmo Sr Presidente  da Câmara  Municipal  de                                                       Castelo  Branco

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   As redes sociais    dão-nos a conhecer aquilo que não convém que a Comunicação Social divulgue, mas segundo ouvi por aí dizer, vivemos em Democracia, o que é para estranhar...

     Disse-me um passarinho que o Sr Presidente decidiu mandar abater o excedente de animais errantes do seu Município, saltando um protocolo de 18 anos!


PARABÉNS, É DE GÉNIO!


   Pena que sejam sempre os mesmos a pagar as birras e os retrocessos.

   Pena que certos políticos não tenham ainda evoluído o necessário para perceberem que os tempos são de mudança e que as arbitrariedades e abusos de poder se pagam nas urnas e por vezes na consciência de quem a tem...

    Não vivo no seu Município, mas como portuguesa que sou, só quero sugerir que opte por outras vinganças que não sejam estas, porque há muito por onde escolher, quando se tem a má índole de carregar nos mais fracos. 
     Sabe que nome se dá a quem não enfrenta os que lhe estão à altura e se vinga nos sem defesa? 
    Pois não serei eu a dizer-lhe, apenas espero que reconsidere, olhando nos olhos inocentes de cada uma das suas vítimas e que a auto-crítica lhe desperte os sentimentos. 
    
    Atenciosamente, 
 Teresa Botelho - uma portuguesa de consciência limpa 


     

Vamos ao circo?


                              



VAMOS AO CIRCO? 


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  Não! 

   Não iremos a circos com animais amestrados, porque os tempos são de mudança.

 Não!

  Não levaremos as nossas crianças a circos com animais, porque na arte da representação não cabem seres explorados e cativos.

  Porque a arte vive da criatividade humana e jamais do abuso de espécies manipuladas por treinos cruéis e valores ultrapassados. 

 

OS TEMPOS SÃO DE MUDANÇA E AS NOVAS GERAÇÕES EXIGEM NOVOS PARADIGMAS E SÉRIOS VALORES ÉTICOS!


  São os jovens de hoje que mostrarão ao mundo as novas regras sociais e o respeito por todas as espécies, porque o abuso de animais para entretenimento, não é cultura, mas sim o jogo sujo de gente ignorante que participa e dos aproveitadores que com eles lucram. 

   Não toleramos mais elefantes equilibristas, nem felinos saltando arcos em chamas, porque não são esses os seus hábitos nem o treino lhes foi meigo. 

   O cativeiro desvirtuou-lhes a pelagem, a cor da liberdade e à dignidade de cada espécie, restam apenas posturas amedrontadas e   da altivez das Savanas, trocada por amarras e correntes, sobra apenas o terror do chicote e a abnegação da entrega. 


  CADA ANIMAL DE CIRCO, É A VAGA SOMBRA DOS SEUS SEMELHANTES EM LIBERDADE. EM CADA UM, EXISTE UM DRAMA IMPERDOÁVEL CONTRA OS SEUS DIREITOS E NATUREZA!


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  Lutaremos por eles, pelos verdadeiros conceitos morais, pela cultura e pelo futuro de todas as espécies ameaçadas. 

  Sejamos nós a dar a cara e a voz por quem não pode mais correr em liberdade, nem dormir ao sol... 


JUNTOS FAREMOS A MUDANÇA E SOMOS JÁ MUITOS PARA LHES DAR VOZ!   


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

UM MUNDO ÀS AVESSAS


  




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   Vamos fazer ginástica?

 

   Não, não é essa dos abdominais, das flexões e cambalhotas, mas sim a outra, aquela que nem todos gostam, porque cansa os neurónios e não melhora a "pinta" a ninguém...


  Vamos desenterrar memórias?

   Não, não são as das viagens nem as das primeiras paixões, mas sim as outras, aquelas do tempo em que as  palavras eram crime e se debatiam entre o medo e o desejo de voar, mas que tal como os pássaros engaiolados, as ideias não acreditavam ainda que tinham asas, nem na força que elas lhes dariam para cruzar os céus e fazerem ouvir ao longe os seus ecos e clamores. 


   Mas já não são muitos aqueles que ainda se lembram de como nos foi "cortada a raiz ao pensamento" durante quarenta anos, até que numa manhã de cravos vermelhos, nasceu a esperança, soltou-se o eco das palavras, das ideias e ginasticaram-se os neurónios adormecidos, embora houvesse quem não tivesse gostado de tanta euforia, por isso, pouco a pouco, vestiram-nos a Liberdade com outros trajes e tal como antes, a imprensa convertida e bem escolhida, tomou as rédeas da manipulação e o povo achou que ainda era livre, só porque se deixou formatar, adaptando-se ao consumo, ao velho costume de aceitar sem contestação, ao receio de novas ideias e ao velho medo ainda latente que não se desfez de um dia para o outro, porque a surda repressão camuflada e bem montada, é e sempre será, "quem mais ordena".
   Os tempos passaram num ápice, adoptaram-se novas regras e outros servilismos, mundo fora, mas ao mesmo tempo, foram-se transpondo tabus, como a homossexualidade, a misoginia, o racismo e tantas outras coisas descabidas para os tempos que correm, mas será mesmo que todos acompanharam estes progressos?


           E para além das nossas fronteiras?


   A América, depois de ter mostrado a grandeza de Lincoln, ao fazer aprovar a 13ª Emenda à Constituição dos EUA que aboliu a escravatura e mais tarde, dando o direito de voto aos negros, caiu nas dinastias venais e nos jogos de poder que manobram o mundo, manipulando países, destituindo governantes alheios, para impor fantoches corruptos, explorando populações, comandando sem ética nem respeito, chamando a si a liderança do mundo, através de golpadas, com o único fim de enriquecer uns, empobrecendo os restantes, com as suas "boas intenções" fictícias e os crimes que tão afincadamente foram escondendo, nos mais recônditos becos da mais escura perversidade...


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   Os 2 principais partidos políticos que se fazem crer divergentes, jogam na mesma roleta, embora variem nos discursos e assim se foi mais uma vez para eleições nos EUA, dando a vitória a um "pato bravo" ordinário que num instante, fez desabar os mais nobres idealismos, para ressuscitar o velho racismo sulista, o machismo exacerbado e como consequência, a xenofobia anteriormente envergonhada e agora pronta para se expor à rédea solta, com o apoio do anteriormente quase secreto Ku Klux Klan...

  As novas gerações revoltam-se, sobretudo as mais esclarecidas, bem como as comunidades negras e imigrantes, sem no entanto chegarem para travar esse despertar de velhas tendências fascistas de aprimoramento e superioridade racial, bem como a rejeição de um mundo globalizado e humanista.  

   Perante este recente retrocesso civilizacional, levantam-se alegremente as ocidentais cabeças saudosistas em França, UK, etc, etc.  satisfeitos com as oportunidades que para si mesmos vislumbram e perante o abraço deste revigorado polvo de múltiplos e longos tentáculos, recuperando novas forças e as sombrias ideias de não se considerar cada pessoa como um indivíduo dono dos seus próprios direitos e se culpabilizarem grupos, características raciais e étnicas, bem como opções sexuais e outras, como principais responsáveis por crises e hecatombes económicas, éticas ou morais, com o intuito de agradar a alguns, fazendo-os assim esquecer diversas outras promessas eleitoralistas que distraidamente, cairão no esquecimento.


  Trump, tal como Clinton, faz parte do Sistema, mas apenas conseguiu ganhar com maior facilidade, iludindo quem achou que ele simbolizava a ruptura, ou a saída desse paradigma já batido e inaceitável para muitos . 

  Trump foi também o símbolo de um protesto e como "pior não fica", como disse no Brasil o palhaço Tiririca, o povo atreveu-se a arriscar, embora a vitória de um palhaço, como aconteceu com este bem sucedido bilionário, tivesse sido o inconsequente e leviano voto humorístico de quem não se quis abster, ou daqueles que não quiseram rebaixar-se nem às sondagens, nem à forte pressão mediática. Terá também sido este voto, a escolha dos omissos e daqueles para quem a noção do uso de armas nucleares excita, ou onde os conflitos fora de portas passam ao lado, porque os mortos de outras cores, importam menos que os seus próprios umbigos, ou do que as gerações vindouras e para que não sejam cumpridas as práticas ambientalistas e os acordos assinados anteriormente, com base em sérias evidências científicas que para alguns, são pura especulação, ou a negação dos seus rápidos e vastos recursos especulativos... 


     Hillary Clinton, não era de todo a candidata da maioria dos americanos, porque no seu passado político de esconderijos e duas faces, suscitava dúvidas e descrença. Os ataques terroristas, a guerra na Síria, a ameaça russa e tantas outras intervenções fora de casa, com ela, faziam antever novos conflitos e mais sangue americano derramado e Trump, que pouco ou nada falou de política externa, prometendo apenas acabar com o terrorismo, com a expulsão de todos os muçulmanos do território nacional, como se isso fosse uma possível solução, enquanto os seus discursos calorosos e alucinados, chegavam facilmente a quem nele quis ver o regresso do velho sonho americano que a ameaça da entrada de refugiados tornava impossível. A ideia da construção de muros, para preservar esse tal afastamento de gentes de outras cores e credos, soou a música, para uma classe média em crise, mas não ignorante da responsabilidade de seus governantes, nesse infindável êxodo massivo e incontrolável. 

  A preocupação em distinguir migrantes de refugiados, foi a jogada suja e discriminatória, preparada na Convenção de Genebra e seus sucessivos aditamentos e emendas, para se relançar o "Estatuto do Refugiado"que deixa desprotegidos os restantes migrantes, mas que a maior parte dos países mais ricos, como os EUA, não ratificaram, estando por isso libertos, para exercer todo e qualquer acto menos humanitário, bem como a utilização de quaisquer armamentos não convencionais e consequentemente, ainda mais devastadores.

   Trump, sentir-se-á,  presumivelmente à vontade, para seguir em frente com as suas ideias maquiavélicas, tal como aconteceu a Bush no Iraque e não só; mas se a belicosidade dos Republicanos levou o mundo para o caos e para lutas sangrentas que se prolongaram em seguintes épocas Democratas, Hillary jamais usaria a sua presidência para alterar anteriores regras, já que não teve sequer limites, ao aceitar de braços abertos os financiamentos da Arábia Saudita, fornecedora de armas para o terrorismo, para a sua campanha à presidência.


     E assim se prepara a grande viragem dos nossos tempos!  


  As convulsões sociais, a fome e a guerra, acenam de um horizonte pouco longínquo com a degradação crescente da Natureza e da condição humana, mas não podem, nem poderemos deixar que nos vençam, porque se vão levantando aqui e além, muitas vozes sem mordaça, exigindo novos paradigmas e a derrocada dos obsoletos  sistemas que nos esmagam.                                                                 A velocidade com que todas essas mudanças parecem desenrolar-se, não se anuncia pacífica, como não o foram noutras épocas da história, mas se as próximas gerações puderem emergir num mundo mais igual, derrubando fronteiras, varrendo o lixo da insensatez e emergindo dos escombros, quase terá valido a pena toda a luta, bem como todo o sangue tristemente derramado!           

   

   

   

 

     

    

        


     


 
     

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

OS POLÍTICOS, OS BURROS E OS FERRARI


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   Se os BURROS fossem políticos, não precisariam de ostentar os seus Ferraris!


     Um BURRO, tem os mesmos direitos que um político, não por ser burro, mas sim por não ser político e sobretudo por não ser desses políticos, há anos acostumados à mastigação compulsiva nas fartas mangedouras de certos Partidos, habituados a fossar no estrume que enche as suas cabeças ocas de ideias sem vergonha...


      Gosto de BURROS, mas só dos propriamente ditos, aqueles de orelhas grandes, quatro patas e olhar submisso, apesar da submissão não ser de todo o meu forte, nem devesse ser, também o deles...

        Não gosto de políticos, impropriamente chamados burros, porque os BURROS não são imbecis e só são submissos, porque os seu zurrar ainda não foi traduzido nem interpretado por muitos bípedes que por aí vegetam de Ferrari e não só. 

         Falemos então de Ferraris e deixemos provisoriamente os pacientes BURROS:


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  Um Ferrari é um veículo topo de gama, comprado por embasbacados que precisam ocultar a sua falta de inteligência, através de um brinquedo caro que os tornará importantes, perante o coro de nulidades que os cerca e a quem precisam exibir grandeza, para impressionar e atamancar as suas falhas, mas das duas uma:

     - Ou se encolhem para o sustentar e pagar mês após mês, em cambalhotas e sinuosas piruetas, ou o atestam com os euros sujos que alcançam na militância das tais mangedouras e no estrume que vão digerindo dia após dia, pelos imundos becos  que frequentam.       

     

       Voltemos então, de novo, aos BURROS!



   O PSD quer fazer uma corrida entre um BURRO e um Ferrari!


                     PARABÉNS, É DE GÉNIOS!


    E genial é também a continuação da humilhação de um país a quem roubaram salários e vergaram com impostos. 

    Genial, é a utilização e a exploração de um pobre animal pacífico, para se exibir um Ferrari de um qualquer PSD imbecil, Avenida da Liberdade abaixo, com a imoral e retrógrada autorização da Câmara socialista, numa corrida, ou competição tão idiota, como o brilhante cérebro que a engendrou, quiçá  numa noite de farra e bebedeira...

    Quando acho que já vi todas as barbaridades deste mundo, engano-me, porque as surpresas aparecem quando menos se espera e o que na verdade desejo a todo este lamaçal que nos insulta, é que o povinho que acham tão burro como esses seres impropriamente chamados BURROS, se lembre que não existe na face da Terra, nenhum animal menos dotados do que esses políticos carreiristas que continuam em poleiros de comando, graças aos ceguinhos e esquecidos que neles votam...         
          
      

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CALAR É CONSENTIR

            

             



   E como calar nunca foi a minha praia, não gosto que me façam de trouxa!




    Ora vamos aos factos que já vêm tarde, mas como dou pouco crédito a vendidos, só hoje tropecei neste impropério.


      Nunca achei que os nutricionistas me soubessem ensinar fosse o que fosse, porque leio, digiro e interpreto relativamente bem o que por aí se escreve, para não precisar dos bitates de quem não conhece o funcionamento do meu organismo, os meus gostos e o que me faz bem ou não, mas perante este anúncio de uma Associação que deveria usar de alguma ética pelo bem daqueles que não conseguem ainda viajar pelas suas próprias entranhas e avaliar o que deve ou não ingerir, passarei a sugerir aos meus amigos e familiares uma ida à bruxa em vez de sucumbirem às tretas de algum nutricionista submisso e manobrado pela vossa Associação. 
   
             E agora vamos ao que interessa: 

   Comprados como foram por multinacionais desprezíveis, useiras e vezeiras da mão de obra barata escrava e destruidoras das águas e terrenos agrícolas dos países subdesenvolvidos, onde abusivamente instalam as suas fábricas, como a Coca Cola, bem como a maior distribuidora de refeições processadas de "fast food", responsável pelos péssimos hábitos alimentares deste mundo, contribuindo para inúmeras patologias clínicas, como a obesidade e até pelo cancro, não me surpreende que o vosso Congresso me relembre mais uma daquelas nódoas de ética a que vão obrigando a população deste sereno país de brandos costumes a acostumar-se, contudo, só não entendi porque não foram também patrocinados pela Monsanto, porque aí o ramalhete estaria composto e melhor financiado... 
   Quanto aos outros, como os queijinhos de série com vaquinhas que se riem, depois de lhes terem roubado as crias e enfiado umas máquinas sugadoras de leite que as ferem, privando-as de vidas saudáveis em criações intensivas poluidoras do ar que respiramos e que arrasam os campos, tornando-os pouco produtivos e totalmente desflorestados, nem me atrevo a comentar, porque na verdade, a visão limitada de certos profissionais, torna-os miúpes a certas vitaminas naturais, às novas descobertas da ciência e à degradação do ambiente.   
  Terão os nossos nutricionistas noção do crescente aumento de intolerâncias à lactose diagnosticada nos dias de hoje, para insistirem no consumo de leite? 
   Multinacionais, como a Nestlé, cuja benevolência se verifica na exploração de trabalho escravo infantil e no uso de animais em laboratórios, já que os seus fabulosos lucros chegam para tudo, menos para a decência e para que a experimentação de seus produtos seja feita através de novas tecnologias mais fiáveis e éticas, em vez das ultrapassadas práticas em seres vivos sacrificados, atirando assim areia para os olhos dos incautos e desinformados. 
    Para a vossa Associação e Ordem, o que importa é o lucro que a publicidade enganosa com o vosso selo que vai passando descaradamente nas televisões, vos dá, já que o resto é apenas fachada...   
    Estará realmente a Associação dos Nutricionistas portugueses mais interessada na saúde pública, ou nas finanças da Indústria Farmacêutica e das grandes empresas que apoiam os vossos congressos, bem como os amigos deste "Sistema" de acomodados corruptos que engordamos à custa dos nossos pesados impostos? 
     
     Terei sido inconveniente e até terei criticado uma classe que nada me diz, mas vivo em sociedade e o que quer que aconteça nos meus horizontes diz-me respeito e mexe com essa cidadania interventiva que a caducidade das democracias, me obriga a exercer através de mensagens como esta e não só...     
     

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

VAQUEJADAS



OS  DEPUTADOS DAS VAQUEJADAS

   Apetece-me aqui falar de um país que não é o meu, mas cujas retóricas são comuns. 



Resultado de imagem para vaquejadas do nordeste  Perdi o meu tempo assistindo a uma comédia humorística   em directo que não me fez sequer sorrir, porque assistir a qualquer discussão acalorada entre os políticos brasileiros, é pior que estar enjoada e não conseguir vomitar.


    O tema eram as Vaquejadas, espectáculos degradantes, com bovinos e cavalos, lidados e torturados por gente rude e mal formada que vive nos confins da ignorância.
    Contudo, hoje em vez de falar dos bois, prefiro descrever os Deputados, porque esses sim, merecem ser "vaquejados" e depenados dos seus fracos, ou mesmo inexistentes valores mínimos morais e de racionalidade. 
    O vídeo do debate que pretendeu desautorizar a decisão do Supremo Tribunal que declarou recentemente inconstitucionais estes espectáculos bárbaros, decorria animadamente, com uma coluna lateral para críticas e comentários do povo e como sempre, não resisti à opinião despojada, porque mesmo considerando-me bem educada, dei comigo a escrever por lá umas certas coisas que normalmente só digo em privado, ou entre os amigos mais fiéis e condescendentes a linguagens de palavreado impróprio, por isso, ao cabo de umas 2 horas, decidi sair, até porque o que vi, chegou para me inspirar neste comentário...

    A maior parte dos oradores eram fazendeiros do Nordeste que não conseguiram desmentir as acusações de que as suas campanhas eleitorais tinham sido financiadas pelos "Coronéis do gado". 
   O próprio presidente da mesa, manifestou claramente a sua vocação anti- animalista e geriu o tempo dos discursos, conforme as suas próprias preferências, em relação aos previsíveis conteúdos que iriam ser apresentados. 

   Quando algum orador não agradava, era vaiado e ofendido com palavrões e gritos, interrompendo o discurso, como aconteceu a uma veterinária que teve a ousadia de mencionar as diversas consequências físicas provocadas aos animais durante estas vaquejadas, como a sujeição dos bois pela cauda que muitas vezes acaba por ser arrancada, as fracturas nas patas e coluna, bem como as hemorragias internas que provocam aos animais, mortes lentas, em dolorosa agonia.
   Quando a activista vegan e apresentadora da tv Luísa Mell que fora convidada para fazer parte do debate por um deputado animalista e a quem foram "generosamente" concedidos 5 minutos de prosa, se preparou para falar, a indignação da assistência foi de tal forma ruidosa que as sucessivas interrupções, apenas lhe permitiram expressar com dificuldade os seus altos valores compassivos e a emoção de reconhecer o atraso civilizacional do seu pobre país...   
    De repente, com agressões à vista, os insultos e a barulheira, obrigaram a interromper a sessão por 2 minutos. 
     Afinal, quem viu um excerto da discussão pelo afastamento da Presidente Dilma, já conhece o ambiente acalorado de Brasília, mas o que mais me entusiasmou, foram os argumentos tirados de letra aos que oiço por cá, das bocas sujas dos defensores da "tradição" tauromáquica... 

    E não é que as touradas também foram por lá faladas, como pertencendo a países civilizados da Europa? 
    Só não sei em que escalão de civilidade, colocam eles o Brasil,  mas não interessa ...

    O problema foi o meu desnorte e o "doce" vernáculo que me foi saindo, lá na coluna dos comentários, ao lado do tal vídeo da discórdia...
    Mas após umas explicações cheias de "ética e sabedoria", dadas por uns mercenários, digo, veterinários, bem pagos para a defesa do indefensável, como alguns que conhecemos por cá, eis que subiu à mesa um cow boy de enorme chapéu branco, com abas retorcidas e cuja obesidade mórbida lhe fazia pendurar as flácidas bochechas gordurosas sobre o colarinho branco, encobrindo o nó da gravata de tal forma apertada que lhe deixava a face roxa!
     O cow boy, mesmo sem pistola, disparou os seus impropérios a torto e a direito, terminando com aquele argumento tão batido também por cá, sobre a crise laboral que as proibições de torturar bovinos causariam entre os peões mal pagos que lhes engraxam as botas.  
    Antes disto, tinham havido uns momentos empolgantes, mas que acabaram em paz, após um convite de um animalista a um adepto das "tradições", para um ajuste de contas lá fora, mas que não deu em nada, porque quando o primeiro gritou "seja homem",o segundo encolheu-se e só fingiu que o era... 
    Esgotados de tanta intelectualidade, os fazendeiros, os corruptos e os leiloeiros de animais, após mais de 4 horas de humor negro e de machismo exacerbado, decidiram o seguinte:
                                       Resultado de imagem para fazendeiros gordos
      "  Alguns parlamentares prometeram que vão se empenhar para mudar a Constituição por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que as vaquejadas e os rodeios sejam definitivamente reconhecidos como patrimônio cultural do país".

       Onde é que eu já ouvi esta de "patrimônio cultural", apesar da diferença geográfica e de acentuação? 


   Aguardemos então que o PEC não chegue a PEC, apesar de neste momento estar já a ser afincadamente preparado por lá, até porque só o nome me lembra outros PECs que não nos sugerem por cá, nada de bom...
    Entretanto, hoje mesmo, as manifestações e a luta dos indignados vaqueiros continuavam, transformando os bois em reaccionárias exigências políticas e cujas críticas visam até o vigente Estatuto de Desarmamento que segundo um dos cow boys direitistas, aspirante a presidente e bastante ovacionado, a proibição feita aos "cabras machos" de usarem armas, o que é criar "uma geração de maricas"...
  
   E mais não digo, porque apenas me parece que bovinos e cavalos torturados, são sempre um bom ponto de partida para o atraso, a xenofobia, a  escravatura e  a porca  miséria de países de pantanas... 
      

    

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A VERBORREIA DO DESRESPEITO!



À  ERC -   ENTIDADE  REGULADORA PARA  A COMUNICAÇÃO


   Olhando inadvertidamente as páginas do facebook, eis que a minha alma se iluminou, perante um post partilhado, com as inteligentes e sábias pérolas emanadas desta douta Instituição que infelizmente sustentamos!



   PARABÉNS!  Temos doutores e psicólogos proeminentes que arrasam qualquer teoria da ONU e de cientistas de renome internacional. 


   Mas entremos em algumas das vossas inteligentes citações, sobre a transmissão de touradas pelo canal público:


   A "herança cultural portuguesa que o Estado tem a incumbência de promover e proteger", mesmo que façam parte de "heranças" selvagens e medievais, têm que ser protegidas, ou melhor, os amigalhaços que vivem à custa destas ditas heranças e a quem a moral e a ética não dizem nada, precisam de ser protegidos, bajulados e sustentados, porque é para isso que serve o Zé Povinho, cujo popular gesto tão bem vos assenta, na hora de pagar as taxas que vos engordam e vos dão o poder de opinar em "tais premissas não aptas a modificar o entendimento a este preciso respeito".   


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    Mas voltando à verborreia da vossa resposta às críticas dos contribuintes que até têm sido pacíficos, se bem que cada vez estejam menos pacientes, perante a barbaridade confessa de que "estes espectáculos tauromáquicos não são sequer susceptíveis de influir negativamente na formação da personalidade das crianças e adolescentes", só não desmaio, porque ainda mantenho saúde e lucidez para vos conhecer de ginjeira, bem como aos argumentos ridículos de quem não vê um palmo adiante do nariz, porque ou não vos convém, ou porque a falta de literacia, não vos permitiu sequer ir ao Google investigar o que por lá se escreve sobre o tema. 

   Cogitei seriamente transcrever aqui alguns desses estudos feitos por cientistas de renome mundial, mas não vale a pena, porque os investigadores tauromáquicos superam todos esses conceitos científicos, ao mesmo tempo que se babam e masturbam psicologicamente, perante o sangue derramado na arena, por um animal que alegadamente lhes terá feito o favor de pedir que lhe esfacelassem bastante o lombo e lhe fizessem jorrar bastante sangue, para colorir a decadente emissão da RTP, animando assim as criancinhas que assistem em suas casas, sentadinhas nos sofás da inocência e perante o laxismo, a ignorância e a brutalidade parental. 

  Receber da parte da ERC, uma resposta como esta que li, sinceramente, não quero nem preciso, porque me faria mal aos intestinos e quando me dá a cólica, nem"a compressão(...) da liberdade" me segura, por isso, não queiram saber, ou talvez fosse bom que soubessem... 

    

    Teresa Botelho - uma gota de água no Oceano da "escumalha" anti-tauromaquia.