Eis o maior divertimento, digno da região com o menor grau de escolaridade do país, (último senso do INE) e que é a marca da ignorância e selvajaria a que alguns chamam "cultura e tradição"!
Correr à frente de um animal em stress e num grau de esgotamento que o faz cair e ferir-se, entre os aplausos de uma multidão cujos interesses verdadeiramente culturais se resumem a zero, é sem sombra de dúvidas a vergonha de um pobre país subdesenvolvido, para quem a educação não tem sido prioridade nem interesse.
Se o desejo de mostrar aos turistas, como se diverte um povo, quem vem de fora e por acidente assiste a isto, não se surpreenderá muito pela performance do touro, mas sim pela imagem degradante da plateia, do mulherio desleixado e mal amado, das crianças pequenas penduradas nos muros e cujo abandono escolar é o pão nosso de cada dia, da estúpida alegria dos "pés rapados" que se exibem em trejeitos imitando coragem, dos ventres oscilantes e avantajados pelo excesso de bebida e da miséria que se repercute na mais baixa esperança de vida desta terra europeia, cujo progresso parou no tempo e no dia a dia à toa dos seus habitantes e onde a taxa de suicídios entre os jovens é das mais altas do país, o que reflecte uma insularidade amorfa e sem horizontes à vista.
Estas "proezas" com touros à corda, são apreciadas nas zonas menos alfabetizadas e esquecidas também no continente, como por exemplo em Ponte de Lima.
O divertimento desses seres que na presença de um animal indefeso e desorientado, se transformam em trogloditas, embora fortemente contestado pelos conterrâneos mais informados e evoluídos, não encontra o devido eco junto dos poderes locais, a quem estes festejos convêm e até financiam, para que a maioria dos seus brutalizados munícipes, tenham o seu escape de violência gratuita e não a devida lucidez de os contestem nas eleições.
Com rios de álcool e comerciantes contentes, vão-se encontrando Santos para dar o nome a "tradições" ressuscitadas das épocas mais remotas do obscurantismo, com padres exímios na manipulação da ignorância dos seus "rebanhos" iletrados, mas sempre alinhados ao poder, no doentio saudosismo da Inquisição, do Estado Novo e da caça às bruxas.
Assim se vê um país, lá do alto da pirâmide da verdadeira cultura e assim se marcha, na falência de princípios, de valores e deveres para que a todos sejam dadas as mesmas oportunidades, a educação e a cultura a que têm direito e a vida que merecem, mas que pacificamente ainda ignoram...
O divertimento desses seres que na presença de um animal indefeso e desorientado, se transformam em trogloditas, embora fortemente contestado pelos conterrâneos mais informados e evoluídos, não encontra o devido eco junto dos poderes locais, a quem estes festejos convêm e até financiam, para que a maioria dos seus brutalizados munícipes, tenham o seu escape de violência gratuita e não a devida lucidez de os contestem nas eleições.
Com rios de álcool e comerciantes contentes, vão-se encontrando Santos para dar o nome a "tradições" ressuscitadas das épocas mais remotas do obscurantismo, com padres exímios na manipulação da ignorância dos seus "rebanhos" iletrados, mas sempre alinhados ao poder, no doentio saudosismo da Inquisição, do Estado Novo e da caça às bruxas.
Assim se vê um país, lá do alto da pirâmide da verdadeira cultura e assim se marcha, na falência de princípios, de valores e deveres para que a todos sejam dadas as mesmas oportunidades, a educação e a cultura a que têm direito e a vida que merecem, mas que pacificamente ainda ignoram...
DIVINO, Teresa Botelho.
ResponderEliminarUma realidade triste, do nosso triste país... muito bem observada.
Parabéns.
Denunciemos, informemos, Teresa. Mas jamais calemos.
ResponderEliminarNum país onde os actuais 1º ministro e Pres. da República apreciam esta barbaridade, num país onde um Pres. da Rep. (Jorge Sampaio) aprovou toiros de morte em Barrancos, um país onde uma ex-ministra da cultura (Gabriela Canavilhas) criou no seu ministério uma secção de "cultura" tauromáquica, num país onde o director do principal Centro Cultural (C.C.de Belém), o tal Sumavielle, apoia radicalmente a tauromaquia e dá entrevistas proferindo as mais básicas teorias a favor desta, num país etc. etc. o que há fazer é dizer como naquela peça de teatro: "E não se pode exterminá-los ?"
ResponderEliminarAcrescento: E não se pode (n se deve) não votá-los?
EliminarPelos vistos o povo esquece e estão sempre lá os mesmos...