O MEDO E A FRAUDE!
Após o primeiro choque, aquele em que os sentimentos entram em conflito, embarquei de novo nos meus silêncios e iniciei mais uma viagem através desse "Mundo livre" que só os pensamentos constroem, arrancando vendas a opiniões manipuladas que normalmente são adquiridas em manada.
E de cima do meu cavalo alado, atrevi-me a julgar esse mundo, através dos anos que já vivi, das leituras que fiz e do espírito crítico que tanto prezo e ao qual solto as rédeas, na quietude dos dias que passam.
Sou Ocidental e por acaso, Europeia!
Vivo num mundo de esconderijos e incongruências, cujas vítimas, são instrumentos de pretextos sórdidos, interesses económicos e de poder, mas o meu olhar sobre todas essas vítimas da violência dos últimos anos, não se exalta apenas com as que se registaram nos chamados países do "1º Mundo" e que, ao contrário das outras, em Gaza, Alepo, Bahrein, Iraque, hospital de Kunduz, etc. etc, ocuparam dias inteiros e horas a fio de emissões televisivas, repetindo imagens e comentários, até à exaustão, como se estas, fossem as únicas a merecer atenção privilegiada!
A opinião pública, embriagada pela bem orquestrada lavagem de cérebros, executada pelos media, adopta sloganes, cores e bandeiras, como se estes mortos fossem mais importantes e diferentes de outros, a quem restam apenas escassas notícias a tocar a trivialidade e logo ultrapassadas por bagatelas.
Por tudo isto, nunca consegui ser, nem "Charlie", nem "Paris", porque isso tornar-me-ia selectiva e injusta!
Cada vítima tem um rosto, um país, uma família e seja qual for a cor da sua pele, ou a religião que professa, carregou consigo uma vida e uma história, com um final abrupto e cruel.
A desigualdade, a xenofobia e o racismo, ganham força com estas manifestações colectivas planeadas com a única finalidade de gerar ódio, bem como o conveniente afastamento das reais causas por trás destes actos sangrentos.
A inocência e as boas intenções, moram bem longe dos poderosos que se manifestaram de braços dados, em Janeiro de 2015, nas ruas de Paris, sob forte escolta, para uma foto de "família de corajosos indignados" que se pretendiam fingir integrados na manifestação popular, mas à qual não chegaram perto, porque sobre cada um deles, desaba a responsabilidade por cada vida ceifada e pelo caos deste mundo!
Quem formou e treinou a Al Quaida em campos do Paquistão, Turquia e de outros aliados da Nato? Quem foram os artesãos da guerra do Iraque, aqui bem perto de nós, na base das Lages, nos Açores, onde a mentira se tornou razão, para satisfazer interesses petrolíferos e gerar mortes e infindáveis conflitos?
Mas recordando ainda a famosa "manifestação" de Janeiro em Paris, lá estava Hollande de braço dado com Netanyahu de Israel, o grande responsável pelas atrocidades na Palestina e que, ao mesmo tempo, cedera os Montes Golã, para treinar e acolher os terroristas do EI, Daesh, Isis, Al Nusra, ou quaisquer outros nomes que se queira dar ao terror.
Mas recordando ainda a famosa "manifestação" de Janeiro em Paris, lá estava Hollande de braço dado com Netanyahu de Israel, o grande responsável pelas atrocidades na Palestina e que, ao mesmo tempo, cedera os Montes Golã, para treinar e acolher os terroristas do EI, Daesh, Isis, Al Nusra, ou quaisquer outros nomes que se queira dar ao terror.
Quem negoceia as armas, por portas travessas que são usadas nestes atentados?
- São os mesmos "indignados" que condenam os crimes, mas que protegem traficantes, grupos financeiros e lucram com as guerras, os atentados e todo este negócio paralelo ao poder que continua e continuará, porque a teia está montada e não há como sair dela.
Entretanto, os fugitivos da morte, entram nesta Europa putrefacta e morrem nas águas do Mediterrâneo sem nome nem rezas, porque as religiões apenas servem de fachada e desculpa, mas jamais de salvação e paz!
Eles serão novamente as vítimas e os robots telecomandados pelas "democracias" ocidentais, onde o fascismo cresce e se propaga veloz, às escondidas dos incautos.
Eles serão novamente as vítimas e os robots telecomandados pelas "democracias" ocidentais, onde o fascismo cresce e se propaga veloz, às escondidas dos incautos.
Os tempos são de mudança, mas não de "liberdade, igualdade e fraternidade", mas sim de muros, mentira e sangue!
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