FALEMOS DE COISAS SÉRIAS!
Estava eu no final de um texto que iria agradar a poucos pelo conteúdo e o meu pc reaccionário fez a proeza de o fazer desaparecer sem apelo nem agravo!
Pois era de coisas sérias que se tratava, mas como é de coisas sérias que gosto de escrever, não será uma máquina mal amanhada que me cortará a "raiz ao pensamento" como diz o outro...
E para além de todas as coisas sérias deste mundo, nem todos concordam que falar de Animais é coisa séria, mas é e é também por isso que antes, preciso falar de pessoas e daquela gente que ainda não entendeu o valor e o dever que é ter nascido por cá e ter como lar e sobrevivência, a grande "Mãe Natureza"!
Pois nessa horinha a mais que me foi permitido dormir, devo ter sonhado com "Redes Sociais" e com os comentários que leio, os que passo sem ver, os "likes", as diferentes páginas onde entro e que são na sua maioria sobre "Animais" e constatei que há 2 tipos de "amigos dos animais":
- Os que sentem que pertencem ao Reino Animal, procurando respeitar todos eles, sem excepções e os amigos dos cães e dos gatos que ao fim de semana farejam as bifanas, os frangos decapitados, os coelhos esfolados em posição fetal dentro das embalagens ou pendurados pelas patas em ganchos, mais os peixes de boca aberta e alguns mariscos ainda vivos, nos supermercados.
Onde mora a razão ou a autoridade destas pessoas, quando se indignam com os hábitos alimentares de alguns povos Orientais e os classificam de selvagens?
Canibalismo é canibalismo!
Só mudam os condimentos e a vítima dentro da panela, mas mais não digo, porque não vale a pena...
As heranças, os hábitos e as tradições, constroem subterfúgios, inventam justificações e calam quem se sente culpado, mas insiste em não se dar ouvidos, nem seguir os seus próprios sentimentos.
Luto sem tréguas para conseguir ser tolerante, mas como sou uma observadora e crítica nata, aproveito os meus momentos de reflexão, para relaxar e soltar a língua, talvez porque sempre me estive nas tintas para a sociedade que me obrigaram a integrar!
Mas deixando para trás o tão polémico tema gastronómico e considerando a "Gula" um pecado mortal, vamos até outro tema que bastante me transtorna e ao qual dou o nome de "Exploração Animal para divertimento" e aí entram os caçadores, "grandes machos" de espingarda em punho que se sentem mais homens, quando exibem os seus trofeus, os amantes de corridas de galgos e cavalos, treinados e explorados para apostas sórdidas, os circos com animais, os zoos, onde os prisioneiros não traduzem de forma alguma os seus normais comportamentos em liberdade e para lá de tantos outros, não podiam faltar as touradas e todos os festejos sádicos onde os pobres touros entram para sofrer até serem mortos e esquartejados.
E é aqui que mais uma vez a coisa ferve, porque apesar da gula, afinal não ser assim um pecado tão mortal, também o "amor ao próximo" não o é, segundo as práticas católicas que ultrajam os seus Santos nas romarias e festas com largadas e touradas após as missas e procissões.
Claro que eu não venho aqui exigir que o Papa que não é santo nenhum, seja vegetariano, porque essas exigências não me cabem nem a mim, nem a qualquer mortal, mas exigiria sim, a quem habitasse alguma dessas paragens de romaria que o padre confessasse perante todos que é mais filho da mãe que o touro moribundo que possivelmente irá depois servir-lhe de patuscada com os compadres, mas como os seus fiéis são omissos, como já é hábito em sociedades padronizadas ( palavra derivada de padrão, para os menos esclarecidos), continuarão a divertir-se com a tortura alheia e a bater com a mão no peito em "amens"incoerentes, achando que tradição é cultura e que touros e cavalos vieram ao mundo para nos divertir!
Tantas verdades em tão poucas linhas....
ResponderEliminarPartilhado.
Sensibilidade e habilidade com a pena, obrigado e parabéns Teresa. Partilhado!
ResponderEliminarAi, Francisco! Penas tenho eu muitas, mas quem não as tem? Obrigada pela partilha.
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