quarta-feira, 1 de novembro de 2017

QUANDO UM TACHO ENGOLE A ÉTICA


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   O descrédito às boas intenções de quem detém o poder, é o que nos resta neste país rendido aos interesses mais sórdidos!

  A manipulação dos desprevenidos, é hoje a arma desses aconchegados de garras afiadas a qualquer tacho que lhes dê protagonismo com a ajuda da mais suja utilização de argumentos facilmente derrubados por quem não se deixa levar em cantigas, não se vende e nada tem a perder. 

   Nada ter a perder, significa viver à margem desse sistema instituído que transmuta os princípios mais básicos da moral e do respeito ao próximo, mesmo que esse "próximo" seja de outra espécie. 

    Escravizam-se as mentalidades humanas, no intuito de se poderem aniquilar "ética" e "misericordiosamente" outras vidas!  

    Vestem-se com asas angelicas os abutres que trabalham na sombra sob a capa de heróis e os negócios tomam proporções de poderosos  gigantes.   À decadente e ultrajada democracia, calça-se o silêncio que a prepotência exige, porque o povo é sereno e nada contesta desde que haja churrasco e futebol...
   Multiplicam-se os cargos, os peritos e as consultas de faz de conta para sustentar os a
migos, como se qualquer canudo feito à custa de sebentas decoradas lhes conseguisse dar  a devida competência para um exercício digno e  honesto.

    
    As "pragas" são hoje os alvos a abater e os pombos que antes eram de paz, tornaram-se inimigos públicos e ameaças perigosas!

    Ah, como eu gostava de poder abater outras "pragas" queimando-as nesses incêndios  permitidos e tão engenhosamente mascarados de catástrofes naturais...

    Ah, como eu gostava de poder limpar este meu país de tantas práticas cruéis e políticos trafulhas...

     Ah, como eu queria partir deste mundo sabendo que o meu povo não mais viveria anestesiado por palavras falsas e que poderia abrir finalmente os olhos para a ética, sem ser constantemente agredido...

    Infelizmente, há anestesias das quais custa despertar, porque nem todos conseguem abrir os olhos e pôr em causa as "boas intenções" de quem os enganou nas urnas. 


    O maior problema da minha vida que poderia ser pacata se a minha visão ao longe não fosse tão eficaz, é ter a percepção do que está para chegar e o que se prepara com a conivência de quem é pago para defender, neste caso concreto, os animais da nossa capital, mas que justifica o uso de falcões cativos e treinados para matar muito além do seu apetite, é sem dúvida revoltante! 

  

    Imaginar sequer que na capital de um país que se proclama civilizado, se poderão encontrar aqui e ali, aves mutiladas na via pública, como aconteceu com as gaivotas num certo hotel algarvio, é algo que me parece de tal forma imoral que só mentes perversas o poderão aceitar. 

    
    Como é possível que uma "Provedoria dos Animais de Lisboa", paga por todos nós, admita sequer a existência de tais "eventos" macabros?


    Será que as aves caçadas e os seus pedaços podres largados em varandas e telhados, trazem etiqueta de "pragas", ou se atingem outras espécies que já vão sendo raras nos nossos céus, como certas rolas que agora mal se vêem? 



    Chega de barbaridades, senhores poderosos,  porque os pesados impostos que pagamos, já alimentam incompetentes que chegam!