terça-feira, 3 de julho de 2018

AINDA OS POMBOS!


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  Os pombos são hoje as vitimas e o reflexo da supremacia humana sobre tudo e todos os seres que alegadamente os incomodam!


    "Alegadamente" é o termo em voga para definir por exemplo, se um político corrupto é ou não culpado e que normalmente permanece para sempre apenas, "alegadamente"... 


     Os pombos não são portanto "alegadamente" nada, visto que o termo só se aplica a gente sabida e importante, detentora dos meios suficientes para processar quem afirma as suas culpas, sem o tal "alegadamente" à cabeça e os animais, por não terem o palavreado e os recursos de muitos humanos, são acusados sem possível defesa, enquanto quem os acusa, para satisfazer o seu ego e baixos instintos e interesses, passa descaradamente enxuto, por entre os pingos da chuva! 

   A nova moda, manda não alimentar as aves, porque elas sujam as varandas, os carros e até os monumentos, porque se reproduziram em excesso e viraram "pragas". 
  Inventaram-se-lhes doenças tão fatais que podem mesmo exterminar a humanidade, mas sobretudo, os donos dos carros mal estacionados e os habitantes das varandas, a quem dá trabalho limpá-las, mas que possivelmente deitam as beatas para a rua, cospem na via pública e não separam o lixo para a reciclagem, se é que ela existe...

  Há mesmo quem não consiga dormir com o cantar dos pássaros e aprove que se cortem as árvores, se destruam os ninhos,se aniquilem espécies e prefira reclamar dos "indesejáveis" ruídos da Natureza, em vez da vidinha triste que levam e da constante exploração que os consome e agride.

  Serão os animais, os culpados de toda a sujeira deste mundo?
  Serão os cuidadores das colónias de gatos errantes, ou quem alimenta as aves nas praças que têm a culpa das doenças e das alergias que fazem rebentar pelas costuras os hospitais, ou não haverá por aí outros interesses maiores que se encobrem para benefício dos tais "alegadamente" inocentes que não passam afinal de venenosos controladores de sociedades ignorantes e acérrimos defensores das imoralidades e compadrios que se verificam por aí a cada passo?

   As Câmaras Municipais deste país, governadas por  partidos políticos, tomaram a peito o abate e o ódio por tudo o que mexe, sem poder de voto, mas tentando agradar a "gregos e troianos", vão gentilmente prometendo o que não têm intenções de cumprir. 
   Em Lisboa, arranjam-se estacionamentos para gringos a tostões, mas não há euros para alimentar um pombal contraceptivo apoiado por voluntários que dão o seu tempo, dinheiro e esforço para salvar os pombos que o frequentam. 
  Prometem-se mundos e fundos que ficam apenas nas gavetas e finalmente, vejo com estranheza que  um certo Partido Animalista, aconselhe a contratação de um "engenheiro zootécnico, ou de formação equivalente, para efectuar o estudo da população de pombos aí residentes e respectiva evolução". 
   
  Perante tal aconselhamento e ciente dos conteúdos ministrados em cursos de zootecnia, virados sobretudo para o lucro das explorações pecuárias, não antevejo qualquer benefício, nem para os pombos, nem para os voluntários que cuidam do pombal contraceptivo, porque de estatísticas está o inferno cheio e o que falta neste céu de intenções, é o trabalho e o amor a uma causa que só quem trabalha desinteressadamente tem. Se a proposta de contratação desse técnico e o seu salário, fossem usados para a construção de mais pombais contraceptivos e para a sua manutenção, decerto os resultados seriam bem mais evidentes. 
   
    Será que um engenheiro zootecnico trocava as suas estatísticas, por umas luvas e uma esfregona de limpeza, ou se dava ao trabalho de trocar os ovos e cuidar de algum animal ferido, ou seria mais um "boy" da CML para aconselhar o abate do excesso de aves e "botar palavra" nas Assembleias Municipais sobre os perigos para a saúde pública da existência de pombos e todos os argumentos "altamente científicos" que já estamos fartos de ouvir e refutar?

   Sem dúvida que dar emprego a amigos da mesma cor, deve ser, como ultimamente se tem verificado, bastante apetecível e útil, para certas autarquias, porque o erário público, pelos vistos, é elástico, conforme se vai sabendo, por isso, é por estas e por outras que incomodo seja quem for, mesmo que sejam aqueles que defendem alguns dos meus ideais e por ingenuidade, acabam dando um tiro no pé...    
      
               
    

     

     

     
      

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